O Plano Cohen foi um documento atribuído aos comunistas em 1937, no mesmo constava que os comuna orquestravam realizar manifestações, fechamento de igrejas, desrespeitariam os lares, saques, derrubar o governo e assassinar Getúlio Vargas, com o objetivo de instaurar um Regime Comunista no Brasil.
Divulgado na rádio no dia 30 de setembro de 1937, no programa “A HORA DO BRASIL“, pelo General Góes Monteiro, o que resultou em uma rápida reação do governo brasileiro, Getúlio Vargas, solicitou ao Congresso que declarasse Estado de Guerra, atendido em 1 de outubro de 1937.
Em 10 de novembro, o golpe do Estado Novo ou golpe do estado de 1937 fora dado, Congresso fechado e imposta uma ditadura no Brasil.
O Plano Cohen era falso ou verdadeiro?
O Plano embora chamado de “falso” é na verdade, verdadeiro. O mesmo havia sido preparado pelos integralistas da Ação Integralista Brasileira (AIB), movimento nazifascista, como uma espécie de “simulação“, supunham por meio do plano o que os comunistas fariam em caso de um golpe. O documento era pra ser lido internamente, porém foi tornado público indevidamente, e atribuído aos comunistas.
O Plano Cohen – nome estrategicamente escolhido por fazer referência ao líder comunista Bela Cohen, que governou a Hungria em 1919. O que dava ao documento maior autoridade – fora elaborado também pelo Capitão Olímpio Mourão Filho, membro da AIB, e tornado público pelo General Góes Monteiro, que teve como consequência a Ditadura do Estado Novo.
Somente em 1945, praticamente 8 anos depois, é que Góes Monteiro, tornou público que o plano era “falso”.
Golpe de 1964
Em 25 de março, de 1962, Olímpio Mourão foi alçado à general-de-divisão, comandando o IV Exército, deu início ao movimento rebelde vitorioso em contra o presidente João Goulart, 31 de março de 1964.
“Objetivo” do Plano Cohen – ALCANÇADO
O ocorrido terminou por manter Getúlio Vargas no poder, alcançou o objetivo, entretanto deu ao país mais uma ditadura e uma Nova Constituição, a de 1937, que tinha como elementos o Fechamento do Poder Legislativo nos três níveis (Congresso Nacional, Assembleias Estaduais e Câmaras Municipais), Poder Judiciário subordinado ao Executivo, Total liberdade de ação à Polícia Especial, Propaganda a favor do governo no rádio mediadas pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), Eliminação do direito de greve, Reintrodução da pena de morte e Estados governados por interventores nomeados por Getúlio.
“A história revolve arquivos, arrebenta mausoléus, obriga os mortos a falar, e a verdade se restabece ao cabo de certo tempo” Olympio Mourão Filho
Bibliografia
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A Ameaça Vermelha, Hélio Silva, L&PM, 1980
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A História das Constituições
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História dos Partidos Políticos do Brasil, Marcos Faber, 1ºEdição
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