Policiais que mataram dois suspeitos de roubo foram afastados e tiveram a prisão preventiva decretada
Dois policiais militares foram presos neste domingo (13), por decisão da Justiça Militar, por suspeita de perseguirem e executarem dois homens, com aproximadamente 30 tiros, dentro de um carro parado na Zona Sul de São Paulo. As vítimas eram suspeitas de assalto. Eles não deram um tiro sequer, mas foram encontrados mortaos com mais de 50 perfurações de balas pelos corpos.
O sargento André Chaves da Silva e o soldado Danilton Silveira da Silva, ambos do 1º Batalhão da Polícia Militar (BPM) foram presos e estão detidos no Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte da capital. As prisões preventivas deles foram decretadas pelo juiz Ronaldo João Roth, do Tribunal de Justiça Militar (TJM), a pedido do Ministério Público Militar (MPM) e da Corregedoria da PM.
Os dois homens mortos pelos policiais não tinham passagens criminais anteriores e aparecem como ‘pardos’ no boletim de ocorrência do caso. Felipe Barbosa da Silva tinha 23 anos e não teve a profissão informada pela investigação. Ele estava no banco do motorista e teve 27 perfurações de balas. Segundo o sargento e o soldado que atiraram, Felipe estava com um revólver calibre 38 com numeração raspada.
Vinicius Alves Procópio, de 19 anos, estava no banco traseiro e teve 23 lesões por tiros. Ele era estudante. De acordo com os dois policiais que disparam, Vinicius tentou atirar com um revólver calibre 32, mas o tiro falhou. A arma também tinha a numeração adulterada.