Porque, na Idade Média, era um passatempo quase exclusivamente feminino. Enquanto a complexidade do xadrez era recomendada somente aos homens da aristocracia, o “sexo frágil” deveria se limitar a essa alternativa mais “simples”.
A origem do jogo remonta ao Egito antigo, de 2000 a.C. – mas ele era considerado um instrumento de adivinhação mística, não uma forma de lazer. Dela foi levado para Grécia. Os árabes também ajudaram a difundi-lo, já com o nome de alquerque (jogo que tem Trilha como uma de suas variantes), quando invadiram a Espanha no início do século VIII. As trocas entre europeus, gregos e egipicios em fim popularizaram-no Europa afora e, com era praticamente restrito às mulheres, acabou rebatizado no Brasil, foi oficializado como esporte para ambos os gêneros a partir de 1930.
Segundo a Confederação Brasileira de Damas, com a transferência da Corte Real, em 1806, para o Brasil, D. João VI trouxe o primeiro livro de jogo de damas para nosso país. Trata-se do livro de Juan Canalejas, “Libro del Juego de las damas”, publicado em Barcelona, Espanha em 1650. Este livro encontra-se na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.
Devido à influência da Corte Real, que se instalou no Rio de Janeiro, foi aí que o jogo de damas começou a se desenvolver em nosso país. São Luís, capital do Estado do Maranhão, até hoje, é o único local no país onde se cultiva exclusivamente a damas internacional, tabuleiro de 100 casas. Isso se deve à influência das invasões francesas e holandesas naquela região.
Fontes:
Livro Guia dos Curiosos, de Marcelo Duarte, e sites jogos antigos e xadrez regional
Revista Mundo Estranho Edição 1.
Site http://www.livresportes.com.br