PSDB vence 7ª eleição seguida para governo de São Paulo

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O ex-prefeito João Doria foi eleito governador de São Paulo na noite deste domingo (28). A vitória do tucano, que recebeu 51,77% dos votos, é a sétima do PSDB, que está no comando do estado há 24 anos.

Mario Covas foi o primeiro tucano a governar o estado. Ele interrompeu a gestão do à época PMDB, hoje MDB, que se manteve no Palácio dos Bandeirantes de 1983 a 1995.

Covas foi reeleito em 1998. Entretanto, com sua morte em 2001, Geraldo Alckmin, então vice-governador, assumiu o comando do estado.

Alckmin conseguiu se reeleger na sequência, e deixou o posto para concorrer às eleições presidenciais.

O mesmo ocorreu com José Serra em 2006. Eleito governador, ele permaneceu no cargo até abril de 2010, quando renunciou para concorrer à presidência pelo PSDB. Alberto Goldman, vice de Serra, foi quem governou o estado até 2010, ano em que Geraldo Alckmin foi eleito.

Alckmin governou o estado de 2010 a abril de 2018, quando novamente deixou o posto para ser o candidato dos tucanos à presidência.

Apesar da manutenção dos tucanos no Palácio dos Bandeirantes, 2018 foi um ano de rachas internos no partido e derrotas.

Na bancada federal, a legenda perdeu oito cadeiras. Em São Paulo, na Assembleia Legislativa, o PSDB encolheu 57%. Foi a menor votação do partido em 30 anos.

Veja a lista dos governadores eleitos em São Paulo desde 1982 — Foto: Editoria de Arte/G1Veja a lista dos governadores eleitos em São Paulo desde 1982 — Foto: Editoria de Arte/G1

Veja a lista dos governadores eleitos em São Paulo desde 1982 — Foto: Editoria de Arte/G1

Brigas internas

No início de outubro, o diretório municipal do partido chegou a expulsar o ex-governador Alberto Goldman e o secretário estadual Saulo de Castro, acusados de infidelidade partidária.

Tanto Saulo de Castro quanto Goldman apoiaram a candidatura de Márcio França ao governo. O mesmo ocorreu com prefeitos de cidades paulistas, que chegaram a deixar a legenda para apoiar à reeleição de França.

A Executiva nacional do PSDB se posicionou afirmando que “nenhuma instância partidária municipal tem competência para expulsar membros do diretório nacional ou estadual”. “Assim sendo, a decisão é arbitrária e inócua”, diz a nota.

A medida ainda foi rechaçada pelo presidente do partido, o ex-governador Geraldo Alckmin, por quem Doria foi acusado de ser “traidor”.

No âmbito nacional, no segundo turno, caciques do partido como o presidente Fernando Henrique Cardoso chegaram a condenar as declarações do candidato Jair Bolsonaro (PSL), a quem Joao Doria declarou apoio.

Doria diz que partido terá lado

Após a confirmação da vitória, Doria falou sobre o futuro do PSDB Ele disse que não recebeu nenhum telefonema de Fernando Henrique Cardoso, que é presidente de honra do partido, nem de Geraldo Alckmin.

“Respeito os líderes que ajudaram a fundar e construir o PSDB. Não vamos desrespeitar a história desses nomes. Temos que interpretar essa eleição com muita humildade. PSDB precisa sintonizar com o momento atual e o momento futuro do nosso país. Faremos isso sem ofender ninguém, sem atacar a história de ninguém.”

“A partir de 1º de janeiro, no meu PSDB, do Bruno Covas, do Bruno Araújo, não terá mais muro, terá lado. Estará ao lado do povo, ao lado do Brasil.”

Fonte: G1

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