Revolução Pernambucana; líderes, causas, desenvolvimento e consequências

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Revolução Pernambucana; líderes, causas, desenvolvimento e consequências
A Revolução Pernambucana de 1817 foi o último movimento separatista de caráter republicano do período colonial brasileiro. Imagem:https://multirio.rio.rj.gov.br

A Revolução Pernambucana, também conhecida como Revolução dos Padres, foi um movimento separatista que ocorreu em Pernambuco, Brasil, entre 1817 e 1824. Aqui está uma análise mais detalhada sobre seus líderes, causas, desenvolvimento e consequências:

Líderes:

1- Padre João Ribeiro: Foi um dos líderes mais proeminentes da Revolução Pernambucana. Ele desempenhou um papel central na proclamação da república em Recife e na formação do governo provisório.

O padre João foi pego de surpresa pelos extraordinários eventos do dia seis de março de 1817. Imagem: https://blogs.diariodepernambuco.com.br

2- Padre Miguelinho: Conhecido como “o Pio”, foi um dos principais líderes populares do movimento. Ele mobilizou camponeses e escravos para apoiar a revolta contra o domínio português.

Revolução Pernambucana; líderes, causas, desenvolvimento e consequências

 

3- José de Barros Lima, o Leão Coroado: Era um fazendeiro e militar que se destacou como líder militar durante a revolta.

Os personagens que fizeram a Revolução de 1817 - Revolução Pernambucana de 1817 | Especial JC
José de Barros Lima, o Leão Coroado, foi um militar e revolucionário brasileiro. Imagem: https://especiais.jconline.ne10.uol.com.br

Causas:

1- Descontentamento com o domínio colonial português: A população de Pernambuco estava insatisfeita com o controle político, econômico e social exercido por Portugal sobre o Brasil. As políticas econômicas restritivas, os altos impostos e o monopólio comercial português foram algumas das principais causas do descontentamento.

2 – Ideias iluministas e liberais: As ideias de liberdade, igualdade e autonomia regional que circulavam na Europa influenciaram intelectuais e líderes locais em Pernambuco. Eles buscavam uma sociedade mais justa e democrática, livre da opressão colonial.

Revolução Pernambucana; líderes, causas, desenvolvimento e consequências
Bênção das bandeiras da Revolução de 1817, óleo sobre tela de Antônio Parreiras. Imagem: https://pt.wikipedia.org/wiki

 

 

Desenvolvimento:

– Proclamação da República: A Revolução Pernambucana foi proclamada em 6 de março de 1817, em Recife, com a criação de uma república independente de Portugal. O movimento contou com o apoio de diversas camadas sociais, incluindo comerciantes, proprietários rurais, intelectuais e líderes religiosos.

– Formação do governo provisório: Após a proclamação da república, foi estabelecido um governo provisório em Pernambuco, liderado pelo padre João Ribeiro de Faria. O governo provisório buscou implementar reformas políticas, econômicas e sociais, incluindo a criação de uma constituição republicana.

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A cidade do Recife meio século após a Revolução Pernambucana. Imagem: https://pt.wikipedia.org/wiki

Consequências:

– Repressão portuguesa: As autoridades portuguesas reagiram rapidamente à Revolução Pernambucana, enviando tropas para reprimir o movimento separatista. Após combates sangrentos, as forças portuguesas retomaram o controle de Recife em maio de 1817.

– Punições e execuções: Muitos líderes e participantes da Revolução Pernambucana foram presos, torturados e executados pelas autoridades portuguesas. Isso incluiu o padre João Ribeiro de Faria e outros líderes proeminentes do movimento.

– Legado: Apesar da derrota militar, a Revolução Pernambucana deixou um legado duradouro na história do Brasil. O movimento foi um dos primeiros exemplos de resistência e luta pela independência no país, inspirando futuras gerações de brasileiros na luta contra o domínio colonial português. Suas ideias de liberdade e autonomia regional continuaram a influenciar o curso da história brasileira nas décadas seguintes.

Revolução Pernambucana; líderes, causas, desenvolvimento e consequências
A repressão à revolução pelas tropas de D. João VI foi extremamente violenta. Óleo sobre tela de Antonio Parreiras, século XX. Domínio público