Nísia Floresta, um município da Região Metropolitana do Rio Grande do Norte, distante a 40 km da capital Natal, no denominado Pólo Costa das Dunas, recebe turistas diuturnamente e ininterruptamente. Em Nísia é possível ter opções para todos os gostos em qualquer época do ano. São variados os segmentos turísticos que lá se encontram. Até onde se enxerga, o município de 306 km quadrados e aproximadamente 30 mil habitantes, segundo dados do IBGE, do último censo demográfico, respira natureza viva, pulsante e diversa.
Além das belezas naturais e da magia do litoral, o município possui uma história rica e cultura relevante e significativa, e reúne um povo trabalhador que fez do turismo opção de vida e de geração de trabalho com respeito ambiental.
Por lá a energia é diferente. O sol, o mar, as areias e o vento dão o tom das muitas possibilidades de experiências em meio a natureza. É o turismo praiano repleto de praias com piscinas naturais de águas cristalinas, outras de mar aberto. Um total de 8 praias e 27 lindas lagoas que brotam em meio a Mata Atlântica e as dunas que ocupam 70% da geografia do município.
Lá, o jipeiro nativo da região, conhecido como o ‘Zé, da Jipe Turismo’ explicou que as dunas são propícias aos passeios de Jipe, veículo mais adequado para o local, do que os bugres, pois, segundo ele, lá, as dunas são fixas, por conta da vegetação, diferente das dunas de Genipabu, que são móveis e mais expostas à ação dos ventos.
Tal explicação justifica a organização e o crescimento do números de trabalhadores qualificados para operar os jipes e os bugres, quadriciclos, levando e trazendo em segurança turistas que circulam diariamente pelo município, com sede em aproveitar ao máximo tamanha beleza e diversidade.
Atualmente, somente em Nísia, são 215 jipeiros que movimentam os roteiros com cerca de 10 mil turistas ao mês transportados por meio dos jipes, segundo os dados do Sindjipe. “Hoje temos sindicato que reúne trabalhadores jipeiros e buggueiros no estado, o SindJipe Turismo do RN. Passamos pela organização em associações e cooperativas. Atualmente somos um Sindicato”, disse Artur Patrício da Costa Melo, o Zé, da Jipe Turismo, empresa de sua propriedade.
Zé, que além de jipeiro, tem a competência de um profissional Guia de Turismo, (e as vezes o confundimos com um professor ou historiador por formação) por conta de seu vasto conhecimento da região, do clima e geografia locais, a história, relação com os moradores da área e com os fatos em geral. Ele possui também o talento de quem trabalha com receptivo. Além do carisma é possuidor de grande educação.
Zé do Jipe levou em segurança um grupo de jornalistas dos estados do Pará e do Tocantins que estavam participando do I Encontro de Jornalistas e Comunicadores de Turismo em Natal (Encomtur). Ele apresentou ao grupo roteiros turísticos de Nísia Floresta e contou um pouco da história do município.
Por lá, as atividades de sol e mar se misturam às atividades culturais e históricas. O que não falta são estórias interessantes que transcendem o tempo, a exemplo de uma de suas ilustres moradoras, escritora homônima, que foi umas das primeiras mulheres a ter artigos publicados em impressos brasileiros. A ilustre era chamada por Nísia Floresta e teve o reconhecimento internacional como a primeira feminista brasileira.
Dionísia Gonçalves Pinto, conhecida como Nísia Floresta Brasileira Augusta, nascida na cidade de Papari, Rio Grande do Norte, em 1810, cidade, esta, que leva o nome de Nísia Floresta em sua homenagem. O município é repleto de história e prédios remanescentes da época das invasões francesa e holandesa no estado, e não podendo ser diferente, o turista tem como opção passeios e visitas aos patrimônios culturais.
A história de Dionísia Gonçalves Pinto é um produto turístico a parte que todos os brasileiros deveriam conhecer. Quem visitar o município de Nísia Floresta certamente ficará encantado com a história de vida dessa mulher muito a frente de seu tempo.
Um breve relato: Dionísia (Nísia), escritora, educadora e poetisa teve seus primeiros textos voltados para o público feminino, no jornal Espelho das Brasileiras e naquela época, por meio dos periódicos demonstrava em
suas publicações preocupação com a educação das mulheres no século XIX. Entre tantas iniciativas, Nísia dirigiu um colégio para moças no Rio de Janeiro e escreveu livros em defesa dos direitos das mulheres, dos índios e dos escravos.
Na sede do município, muitas são as referências a essa grande mulher e quem lá visita pode ver a escultura da escritora e o Mausoléu de Nísia Floresta.
Durante o Encomtur, RN, jornalistas puderam ter um pouco de informação sobre quem foi Dionísia Gonçalves Pinto e a importância dela para educação e para as mulheres brasileiras.
Além dos roteiros que passam pela história, outros também encantaram ao grupo de jornalistas, a exemplo do roteiro de natureza, de sol e mar, com destaque a lagoa de Alcaçuz.
Uma lagoa de águas cristalinas com cores que variam do verde ao azul em um fascinante degrade de tonalidades múltiplas, em meio a trilhas, matas e dunas. Alcaçuz, uma moldura de tamanha beleza que encanta divinamente a quem visita.
Na região, uma estrutura de restaurantes com a gastronomia regional em destaque em meio a espaços paradisíacos. O escolhido foi o ‘Aqualand Club’, um empreendimento que deixa o visitante sem fôlego e com tamanho encantamento diante de tanta beleza e tanto respeito a natureza. (Ver matéria *Aqualand Club no site da Febtur Nacional www.febtur.com.br)
A estrutura do empreendimento oferece opções de descanso e relaxamento, espaços instagramáveis, opções esportivas e espaços para apreciar um ótimo cardápio.
A lagoa de Alcaçuz é uma entre as 27 existentes no município que integra a região do conhecido litoral sul do RN. Zé do Jipe falou que nas extremidades mais baixas da cidade, criam-se lagos a partir de um ‘gigante filtro natural’, ou seja, águas das chuvas, filtrada pelas dunas. “Costumo falar que nosso lençol freático é aparente, por isso que temos 27 lagoas e mais de 100 mananciais, que são os pequenos lagos temporários. Aqui, água não falta”, comentou Zé do Jipe.
Zé continuou sua explanação com seu conhecimentos que chamou atenção do grupo de jornalistas por todo o ‘press trip’ e disse: “o Brasil é muito rico e aqui em Nísia Floresta temos um pouco do muito dessa diversidade ambiental. Temos dunas, cachoeiras, ilhas, falésias, sertão com muitos cactos (vegetação típica).
“Temos o que experimentar e vivenciar o tempo todo”, disse o jipeiro e também guia. Segundo ele, faça chuva ou faça sol Nísia tem muito a mostrar. “Se estiver chovendo estaremos em uma vivencia em meio a lamaçal que daria o tom de um perfeito e completo ‘off Road’”, declarou Zé.
A sequência do press trip levou o grupo a passar por parte do
Roteiro do Sol que inclui as belas praias de Nísia Floresta. Entre as 8 praias do município, Piranji do Sul, Tabatinga, Bertioga, PiramBúzios, Camurupim, Barreto, Malembar e Búzios. O grupo visitou e conheceu de fato as praias de Tabatinga e Búzios, essa última de mar aberto, as demais, protegidas por recifes.
Uma estória de sucesso e persistência: ‘Mirante do Mar’ . é parada obrigatória. Francis Mário Olímpico oferece um cardápio regional e farto.
Em Búzios parada no restaurante ‘Mirante do Mar’ ao som e sensação de fortes ventos e uma história boa pra contar, a de Francis Mário Olímpico de Oliveira, um cidadão natural de Campo Redondo, interior do Rio Grande do Norte, que trabalhou por 13 anos em restaurantes e atualmente tem em seu próprio empreendimento, o Mirante do Mar, com um cardápio regional e farto. Sem dúvida um dos pontos de parada obrigatório na praia de mar aberto do município de Nísia Floresta. (Vide outras matérias no site www.febtur.combr)
Para Lurdinha Bezerra, jornalista do Pará, foi sem dúvida uma grande experiência. Tudo valeu a pena, declarou.
Por Christina Hayne
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