Ministros da Segunda Turma da Corte entenderam que não há provas de crime contra o parlamentar. Wladimir Costa ficou conhecido por tatuar nome de Temer no ombro no ano passado.
O Supremo Tribunal Federal (STF) absolveu nesta terça-feira (12) o deputado federal Wladimir Costa (SD-PA) por suposto desvio de salários de funcionários do gabinete dele na Câmara.
Por unanimidade, os cinco ministros da Segunda Turma da Cortje concluíram não haver provas de crime no caso e, com isso, inocentaram o parlamentar e o irmão dele (também acusado).
Conforme o Ministério Público, três servidores lotados no gabinete de Wladimir Costa repassaram ao deputado e ao irmão dele, em 2005, parte dos salários que recebiam da Câmara.
No julgamento, os ministros consideraram que o MP não comprovou que os funcionários eram fantasmas e apontaram depoimentos contraditórios das testemunhas.
“À luz do acervo probatório, que sem embargo de ter havido justa causa para a abertura da ação penal, concluída a instrução, mostra-se insubsistente a condenação, porque depreendo ausência de inequívoca comprovação de que os referidos assessores realmente teriam repassado a remuneração tanto ao primeiro quanto ao segundo corréu”, disse na sessão o relator do caso, Edson Fachin.
Ele foi acompanhado pelos ministros Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.
Na sessão, a defesa e o Ministério Público não se manifestaram, em razão dos votos pela absolvição.
À época, a Câmara analisava uma denúncia do Ministério Público Federal contra Temer pelo crime de corrupção passiva.
“Derramo o meu sangue pelos meus companheiros. E, se preciso for, até a última gota”, escreveu o deputado no Facebook na ocasião.
Wladimir Costa se envolveu recentemente em uma polêmica em razão dessa tatuagem. Em abril, um vídeo divulgado nas redes sociais mostrou o parlamentar agredindo um cidadão que questionou a tatuagem.
Polêmica
Em março, a Justiça Federal suspendeu a nomeação de Yorann Christie Braga da Costa no cargo de delegado de Desenvolvimento Agrário do Pará.
Yorann é filho de Wladimir Costa e administrava R$ 100 milhões no Pará, com salário de cerca de R$ 10 mil.
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Fonte: G1