Após o fim de seu mandato como prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) perdeu o direito ao foro por prerrogativa de função. O resultado da derrota é o envio das investigações do ‘QG da Propina‘ para a primeira instância.
A desembargadora Rosa Helena Macedo Guita, que trabalhou como relatora do inquérito no 1º Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça fluminense, Deliberou que o casso passará a ser processado pela 1ª Vara Criminal Especializada de Combate ao Crime Organizado. As informações dos autos serão redistribuídas na próxima quarta-feira, 6, conforme a determinação. Crivella perdeu o foro porque a decisão sobre o recebimento da denúncia ainda não foi tomada.
O Ex Prefeito teve sua prisão preventiva em operação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro no último dia 22 de Dezembro por suspeita de operar o suposto ‘QG da Propina’ que teria sido comandado na prefeitura do Rio. Porém após ser levado ao Presídio de Benfica, acabou beneficiado por uma liminar expedida pelo presidente do STJ, ministro Humberto Martins, ficando assim em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Na quarta-feira, 30, com autorização judicial, compareceu ao velório e ao sepultamento da mãe no interior de Minas Gerais, voltando no mesmo dia ao cumprimento da medida.
Por fim a apuração do caso concluiu em primeiro momento que ao menos R$ 53 milhões teriam sido arrecadados pelo suposto esquema através de empresas em nome de terceiros, usados como laranja. Embora tenha feito a denúncia à Justiça, o Ministério Público do Rio ainda não encerrou as investigações. A Promotoria ainda analisa se o ex-prefeito recebeu informação privilegiada. Para tanto o MP pediu a quebra de sigilo dos celulares, tablet e computador que foram encontrados em sua casa. Crivella continua a negar as acusações e afirma ser vitima de perseguição.
Fonte: Politica ao Minuto e Estadão