Afilhados políticos de presos na Lava Jato são eleitos deputados estaduais no RJ

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A tentativa de reeleger filhos de figuras tradicionais do MDB envolvidas na Lava Jato se revelou frustrada nos casos de Marco Antônio Cabral, Leonardo Picciani e Danielle Cunha, todos do MDB. Mas padrinhos políticos presos pela força-tarefa tiveram mais sorte ao lançar seus afilhados. Ao menos três deles foram eleitos para a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Ex-prefeito de Queimados, Max Lemos é próximo à família Picciani. O MDB cogitou lançá-lo ao governo do estado após a saída de Eduardo Paes para o DEM. Como mostrou o G1 em outubro do ano passado, o ex-prefeito do Rio era a aposta de Picciani para o cargo.

Em entrevista à edição de março da “Revista Piauí”, pouco antes da prisão de Picciani, o futuro deputado saiu em defesa do amigo. “O Picciani nunca te abandona e não te deixa faltar nada.”

Lemos ficou com a missão de substituir Rafael Picciani (MDB), filho do presidente afastado da Casa, que abriu mão da reeleição para cuidar da empresa da família.

Em contrapartida, o partido o apoiou com repasse recorde de R$ 520 mil — um dos maiores para o cargo de deputado. Leonardo Picciani, que não conseguiu se reeleger para o Congresso, também repassou R$ 27 mil à campanha do parceiro.

Franciane Motta foi outra agraciada por doação recorde do MDB. Ela é esposa de Paulo Melo (MDB), parlamentar preso na Lava Jato acusado de receber milhões em propina na Operação Cadeia Velha.

A emedebista foi prefeita duas vezes de Saquarema, reduto eleitoral da família, e também recebeu R$ 500 mil de repasses do partido.

Além disso, investiu R$ 180 mil do próprio bolso — o que representa 25% do total de bens declarados por ela. Dentre eles, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há R$ 115 mil em espécie.

Cunhado de Domingos Brazão, um dos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) presos na Operação Quinto do Ouro, Pedro Brazão também conseguiu uma cadeira para o Parlamento fluminense.

Dos três, ele é o único que se candidatou por outro partido: o Partido da República (PR). A sigla doou R$ 350 mil para sua campanha, além do investimento do próprio bolso de R$ 100 mil.

Fontes: g1

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