Genocídio | Em 1904, ocorreu um levante dos povos Herero e Nama contra a colonização alemã na Namíbia (então chamada de Sudoeste Africano Alemão). A resposta do governo colonial alemão foi brutal e levou a um genocídio contra os Herero e Nama.
A atual Namíbia foi uma colônia alemã entre 1884 e 1915. As tropas do imperador alemão Guilherme 2º massacraram os africanos com um plano sistemático de extermínio de homens, mulheres e crianças, por meio de armas, bloqueio do acesso à água no deserto e campos de concentração.
Além da Namíbia, Tanzânia e Burundi também exigem reparações por crimes cometidos durante o período colonial alemão. A Alemanha se tornou potência colonial relativamente tarde, só ocupando solo africano na década de 1880. Sob o chanceler Otto von Bismarck, o Império Alemão estabeleceu colônias nos atuais territórios da Namíbia, Camarões, Togo, partes da Tanzânia e do Quênia.
Genocídio dos Herero e Nama:
– Conflito: O levante começou em janeiro de 1904, liderado pelos Herero, e posteriormente os Nama se juntaram à luta contra a colonização alemã.
– Repressão alemã: O general Lothar von Trotha foi enviado para reprimir a revolta. Ele ordenou uma campanha de extermínio contra os Herero, levando-os ao deserto para morrerem de fome e sede. Os Nama também foram alvo de perseguição.
– Consequências: Estima-se que entre 1904 e 1908, cerca de 65.000 a 100.000 Herero (cerca de 80% da população Herero) e 10.000 Nama morreram devido à política de extermínio, fugas forçadas para o deserto e condições brutais em campos de concentração.
Esse evento é considerado um dos primeiros genocídios do século XX e é reconhecido como tal pela Namíbia e por historiadores. Em 2021, a Alemanha reconheceu oficialmente o ocorrido como um genocídio e concordou em pagar compensações à Namíbia.
A ONU reconhece o massacre como o primeiro genocídio do século 20.