Vítima afirmou à Justiça que foi induzida pela mãe a denunciar o pai; ele ficou oito meses preso no RS.
Um homem condenado a 16 anos de prisão por estupro de vulnerável contra a própria filha foi absolvido após a mulher, hoje adulta, admitir que mentiu durante o processo. Segundo a decisão judicial, ela afirmou ter sido induzida pela mãe a fazer a denúncia quando tinha 11 anos, com o objetivo de “dar um susto” no pai. As acusações foram mantidas ao longo de um processo que durou mais de dez anos, mas a retratação ocorreu após a prisão do réu, em abril de 2025. O homem foi solto nesta segunda-feira (15), depois de passar oito meses na Penitenciária Estadual de Charqueadas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O caso reacende o debate sobre os impactos de denúncias falsas no sistema de Justiça e na vida dos acusados, especialmente em crimes de alta gravidade. A decisão destacou que a retratação da denunciante foi considerada consistente e acompanhada de elementos que enfraqueceram as provas produzidas ao longo do processo, levando à absolvição do réu e à sua imediata libertação.
