Os ex-primeiros-ministros israelenses Yair Lapid e Ehud Olmert criticaram duramente o plano do atual governo de Benjamin Netanyahu de criar uma “cidade humanitária” nas ruínas de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Ambos afirmaram que a iniciativa equivale à criação de “campos de concentração” para palestinos.
Lapid, líder da oposição, afirmou que o projeto é ruim sob todos os aspectos — logístico, político, econômico e de segurança. “Se sair da cidade é proibido, então é um campo de concentração”, declarou em entrevista à Rádio do Exército Israelense.
O governo pretende transferir inicialmente 600 mil palestinos deslocados para essa nova área, com a intenção de, eventualmente, mover toda a população de Gaza — mais de dois milhões de pessoas — para lá. As críticas surgem enquanto bombardeios israelenses continuam, com pelo menos 95 palestinos mortos em um único dia.
Imagens de satélite revelam que a destruição em Rafah tem se intensificado: o número de edifícios demolidos passou de 15.800, em abril, para 28.600 em julho.
Fonte: Al Jazeera