Livraria Cultura tem dois pedidos de despejo por falta de pagamento

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Maior rede de livrarias do país, a Cultura tem 11 processos abertos neste ano no Tribunal de Justiça de São Paulo, maior mercado da empresa, por fornecedores que pedem execução de título vencido por causa de não pagamento. O valor total das ações é de R$ 1,76 milhão, segundo levantamento do Valor. O G1 procurou a Livraria Cultura para comentar o assunto, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

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Entre os requerentes estão editoras de livros como a Editora Brasil, fornecedores como a SND Distribuição de Produtos de Informática, e empresas de brinquedos, como a Meeple BR Jogos de Tabuleiro.

Além disso, a companhia ainda tem dois pedidos de despejos de proprietários de pontos que a empresa ocupa, em São Paulo, sendo um deles no Fórum da Lapa, zona oeste da cidade, no valor de R$ 1,5 milhão. Neste caso, quem entrou com o processo foi a Christaltur Empreendimentos e Participações. A empresa não informa qual o ponto que é o foco da ação.

A Christaltur tem entre seus empreedimentos lojas em shoppings em São Paulo. A Livraria Cultura tem 15 unidades no país. Fechou, pelo menos, três pontos neste ano, segundo anúncios feitos ao longo de 2018.

O outro pedido de despejo, na capital paulista, soma R$ 50 mil.

A Cultura enfrenta uma crise, em parte, por causa da recessão econômica que afetou o varejo entre 2015 e 2018, e pelo difícil momento do setor de livros, diz a empresa. Em nota da quarta-feira (24), a companhia menciona o encolhimento do mercado editorial desde 2014 para explicar o atual cenário. Apesar disso, os números mais recentes mostram que o setor de livros tem recuperado algum fôlego no país.

O mercado de livros fechou o primeiro semestre de 2018 com alta em faturamento de 9,97% em relação ao mesmo período do ano anterior e o volume de vendas subiu 5,24%, segundo estudo da Nielsen e divulgado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel).

Concorrente direta da Cultura, a Saraiva registrou crescimento de 7% nas vendas líquidas de janeiro a junho, mas com aumento de prejuízo, de 122%, atingindo R$ 36,3 milhões no primeiro semestre.

Fonte: G1

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