O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, afirmou nesta quarta-feira (17) que “qualquer solicitação” a Derziê Sant’Anna, vice-presidente afastado da Caixa, ocorreu no “âmbito funcional“.
Uma investigação independente, divulgada na terça-feira (16), apontou indícios de que Derziê teria fornecido informações sobre operações do banco ao presidente Michel Temer e a Moreira Franco, ou atendido a pedidos dos dois.
“O que eu vi nos jornais é que eu teria feito uma solicitação ao vice-presidente Derziê. Eu sempre tive com o vice-presidente Derziê uma relação de natureza funcional. Qualquer solicitação, pergunta, indagação sempre estiveram no âmbito funcional”, afirmou o ministro após participar de uma visita às obras de uma estação de tratamento de água na cidade de Valparaíso (GO).
O ministro disse ainda que em toda sua vida pública nunca teve nenhuma atitude que pudesse gerar “envergonhamento“.
A apuração interna na Caixa foi conduzida pelo escritório Pinheiro Neto e foi remetida ao Comitê Independente do banco. O documento também foi enviado ao Ministério Público Federal (MPF).
Nesta terça (16), atendendo a recomendação do MPF, o presidente Michel Temer determinou o afastamento de quatro dos 12 vice-presidentes da Caixa. Os afastados, entre eles Derziê, são investigados pelo MPF e pela Polícia Federal.
Segundo Moreira Franco, a decisão de Temer foi “acertada”. Ele disse que os executivos poderão se defender ao mesmo tempo em que o ambiente dentro da Caixa fosse “afastado” de suspeitas.
“Foi uma decisão acertada, na medida que teve informações com relação à atuação de quatro vice-presidentes. O presidente determinou que fosse dado amplo direito de defesa, mas [que fossem] afastados dos cargos para que o ambiente na instituição permanecesse afastado de todas essas suspeitas que foram levantadas com relação a atuação [dos vices]”, disse o ministro.
Questionado se as denúncias na Caixa poderiam atrapalhar a votação da reforma da Previdência, Moreira Franco respondeu que “espera que não”. “Não existe nada mais importante no Brasil de hoje do que nós aprovarmos a Previdência”, concluiu.
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Fonte: G1 Pará