Partindo dessa premissa, qual País que queremos? Eu quero um país onde não haja nenhum tipo de corrupção, que nada ilícito seja aceito como normal, que políticos trabalhem realmente pelo povo, com salários justos, sem privilégios e mordomias. Eu quero um país onde o povo tenha emprego e salários dignos. Ora, convenhamos, quem não quer isso? Pois eu digo quem não quer: as elites, quem se beneficia, de uma forma ou outra dessa política que temos e que sempre tivemos.
Se formos analisar quem está nos poderes desde sempre, veremos que sempre foram as elites, uma minoria, mas que, com seu poder, o dinheiro, sempre comandou tudo por aqui, desde que os portugueses colocaram os pés nessa terra. O povo, sem consciência de classe, sempre votou em elites, nos belos senhores limpinhos, engravatados, brancos e héteros ( ao menos que eles sabiam). E esses senhores iam lutar por quem? Pelo povo pobre, pelo trabalhador, pelo morador de rua? Óbvio que não. E ao longo dos anos fomos nos conformando que , “ah, isso é assim mesmo“, “são todos iguais“, “nada vai mudar“.
Pois bem, quando tivemos uma pequena mudança, com Lula, onde o povo pobre, a maioria desse país, teve um pouco do que gostaríamos, um gostinho do que poderia ser o país que queremos, vem a elite e nos puxa o tapete com todas as forças, capaz de nos derrubar para o resto de nossas existências nesse país.
E Lula acenou com mudanças porque ele veio da classe baixa, um pobre, um metalúrgico, que sabia o que precisávamos. Pensem, pras elites fazerem algo de bom pelo povo eles precisariam ter empatia, se colocar no lugar do povo pobre e trabalhador, coisa que não existe nesse país, só alguém que já foi povo pobre e trabalhador pra fazer isso.
Mas, enfim, voltemos ao presente, não temos mais alguém do povo no governo, não temos mais quem lute por nós e saiba o que precisamos, que é saúde, educação, segurança, empregos, salários melhores, moradia e comida no prato, simplesmente não temos mais. E isso porque houve um golpe das elites que jamais vão admitir que o povo tenha uma vida melhor, porque sem povo que aceite trabalhar pra eles sem exigências, eles não são nada. E um povo educado vai exigir mais, com certeza.
E pra voltarmos a ter esse gostinho de uma vida melhor, o que temos que fazer, agora e no próximo ano que é eleitoral? Fortalecer a candidatura de Lula, que é o único capaz de fazer tremer essa elite que nos governa há séculos. E pra fortalecê-lo temos que apoiá-lo, mesmo correndo risco de ter que eleger junto um vice que, ainda não sei como, iremos defender, mas acharemos um jeito, e que, na pior das hipóteses, pode vir a dar outro golpe. Temos que confiar que Lula sabe o que faz, afinal ele já fez isso antes, manteve todos satisfeitos, pobres, elites, banqueiros e empresários. E temos que fortalecer a ponto de votarmos em peso nele no primeiro turno, pra não dar um pingo de margem a que Morogolpista vá ao segundo turno e se fortaleça, podendo repetir o mesmo que em 2018, quando muitos não votaram em Haddad porque simplesmente não simpatizavam. Temos que deixar nossa ideologia, nosso sonho de ter um país governado totalmente pela esquerda, por quem representa nossos ideais, infelizmente, para que não haja um pingo de chance desse outro, que é mais do mesmo que está aí, vá ao segundo turno e, consequentemente, se eleja. Eu sei, não é o ideal, mas é o que temos para o momento, para que não haja a menor possibilidade de cometermos o mesmo erro duas vezes, mas precisamos votar em Lula com todas as forças no primeiro turno. Não podemos repetir o mesmo erro de 2018, subestimar muitas coisas e ter excesso de confiança, o que é um erro em se tratando de Brasil e brasileiros.