Datafolha afirma que existe 30% de eleitores que votam em Bolsonaro que são de esquerda e que existiriam 20% de eleitores de direita que votando em Lula. Provavelmente eleitores com tendências estatistas votam em Bolsonaro e que eleitores com tendência pró mercado votam Lula.
Para o eleitor mediano ser estatista ou pró mercado não define se é de direita ou de esquerda. Você pode ser estatista e ser de direita assim como ser liberal e votar na esquerda.
Muitos governos de esquerda fizeram privatizações assim como muitos governos de direita estatizaram, parte da economia, a exemplo dos governos militares de 1964 no Brasil. Para definir a opção ideológica do eleitorado há que se construir um agenda de pesquisa que combine opção por plataforma de governo com escolha partidária.
Podemos afirmar com certeza: 98% do eleitorado vota políticamente. Quem vota ideologicamente são minorias que transitam em torno de partidos e grupos que operam nos extremos políticos.
O mesmo eleitor de Lula em 2002, provavelmente elegeu e reelegeu FHC, assim como grande parte do eleitor de Bolsonaro em 2018 Votará em Lula em 2022.
A disputa é pelo eleitor não ideológico. O eleitor mediano, aquele eleitor não ideológico vota na perspectiva de ganhos objetivos no próximo quadriênio, ou pelo menos que venha a perder menos.
O eleitor mediano sempre avaliará o presidente de plantão e fará o seguinte cálculo: caso as promessas do presidente atual supere as realizações de governo o eleitor mediano tenderá a se deslocar para a oposição.
Ao olhar para a oposição o eleitor mediano se fixará no candidato que expresse maior probabilidade de obtenção de benefícios objetivos e esta escolha fica mais fácil se este eleitor reconhecer dentre os candidatos da oposição, um nome que simbolizar ganhos e prosperidade.
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