“Nós não temos como produzir nenhum juízo de valor sobre a motivação do crime. Precisamos de um conjunto probatório mínimo, pra dizer qual a motivação e os autores do crime. A principio, a Polícia Civil lamenta o ocorrido, mas não está medindo esforços para solucionar o caso”. Com essas palavras, o Delegado-Geral Cláudio Galeno deu início à coletiva de imprensa, para falar das investigações da “Chacina do Tapanã”.
A segunda-feira sangrenta na Grande Belém, ocorreu cinco dias após a morte de um policial militar. De acordo com a Segup, 11 pessoas foram baleadas, oito morreram no dia do crime.
Na segunda-feira, cinco pessoas morreram na hora e outras três foram socorridas, mas não resistiram e morreram na Unidade Básica de Saúde do Tapanã. Uma pessoa já recebeu alta.
A sequência de ataques começou no final da tarde. Moradores do bairro contaram que quatro homens foram vistos em duas motocicletas circulando pelas ruas do Tapanã, e estes seriam os autores de vários disparos contra jovens que estavam em via pública.
Testemunhas relataram que as primeiras vítimas teriam sido assassinadas na Rua das Violetas, em uma área conhecida como “Capucho”.
Thiago Luiz Moraes dos Santos, 23 anos e Jacob Almeida Braga de 22, eram vizinhos e amigos de infância. Quando viram os homens desconhecidos se aproximando de motocicletas, tentaram correr, mas foram atingidos por disparos de arma de fogo.
Na Rua Maria de Nazaré, próximo à estrada da Piçarreira, Moisés Pereira de Moraes de 22 anos, estava na banca de frutas em que trabalhava quando um carro branco passou pelo local, como se estivesse à procura de alguém, em baixa velocidade.
Logo após o automóvel passar, duas motocicletas com os quatro suspeitos se aproximaram do alvo, e percebendo o perigo, o rapaz saiu correndo, tentando se esconder na fruteira de um colega, mas também foi executado.
A próximo vítima foi Manoel Evilasio Moraes dos Santos, 25 anos de idade. Segundo informaram os moradores do bairro, ele estava comprando limão pra levar para um bar onde trabalhava. Ele estava em um pequeno comércio na travessa Haroldo Veloso, esquina com a Quinta Rua, quando ele foi abordado pelos os criminosos. Vários tiros foram disparados contra o rapaz que morreu na hora.
Fernando Pantoja da Costa de 18 anos, foi a quinta vítima dos assassinos. Ele foi executado na Quinta Rua, próximo à Passagem Uberaba. Segundo testemunhas, Ele caminhava pela rua quando foi morto.
O Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC) foi acionado para fazer a remoção dos cinco corpos, nos quatro locais de crime. Foram necessários duas equipes de peritos e duas equipes para remoção dos corpos.
Outras pessoas foram alvejadas durante os ataques. Segundo informou a Secretaria de Estadual de Segurança Pública, 11 pessoas foram baleadas.
As vítimas fatais foram identificadas como:
1. Thiago Luiz Moraes dos Santos (23 anos)
2. Diego Borges Marialva (18 anos)
3. Moisés Pereira (22 anos)
4. Marcos Vinícius dos Santos Pereira (22 anos)
5. Sávio Miller Silva da Conceição (22 anos)
6. Manoel Evilazio Morais (25 anos)
7. Fernando Pantoja Costa (18 anos)
8. Jacob Almeida Braga (22 anos)
Fonte: Roma News