Vale tudo por um mandato? As recentes situações de violência política que tomaram conta do Pará

0
Vale tudo por um mandato? As recentes situações de violência política que tomaram conta do Pará
A violência política, infelizmente, não é um fenômeno recente, mas tem se intensificado nas últimas eleições / Foto: Reprodução

Nos últimos dias, nosso Estado tem sido palco de eventos alarmantes que evidenciam uma preocupante escalada de violência política. Um dos episódios mais impactantes foi a tentativa de assassinato a tiros contra uma candidata à prefeita no município de Mãe do Rio. O atentado, além de assustar a população, chama a atenção para um grave problema que afeta não apenas o Pará, mas o Brasil como um todo: a violência no cenário eleitoral.

A violência política, infelizmente, não é um fenômeno recente, mas tem se intensificado nas últimas eleições, especialmente em períodos de acirrada disputa eleitoral como o que estamos vivendo agora. Ela pode se manifestar de diversas formas, desde agressões verbais e ameaças até atentados à vida, como o que ocorreu em Mãe do Rio.

Essa violência afeta diretamente o processo democrático, intimidando candidatos e afastando cidadãos da política, especialmente mulheres, negros e outras minorias, que historicamente são os mais vulneráveis a esses ataques. É fundamental lembrar que a eleição é um espaço de debate, não de guerra. Quando a violência toma conta desse ambiente, todo o sistema democrático é comprometido.

Mas o que pode ser feito para frear essa onda de violência política? Em termos legais, a Justiça Eleitoral tem um papel fundamental na proteção dos candidatos e na garantia de eleições limpas e seguras. Denúncias de ameaças e ataques devem ser investigadas com rigor, e os culpados, devidamente punidos. Além disso, é necessário que a segurança pública se faça mais presente durante o período eleitoral, com medidas preventivas em regiões de maior tensão.

A conscientização da população e o fortalecimento da educação política também são passos essenciais. Eleitores precisam compreender que a violência não faz parte de um processo legítimo e que a política deve ser pautada pelo diálogo e respeito às diferenças. Candidatos, por sua vez, devem adotar posturas que incentivem o debate civilizado, evitando discursos que possam incitar violência ou polarizar ainda mais a sociedade.

O caso de Mãe do Rio é mais um exemplo doloroso de que a violência política está longe de ser extinta. No entanto, com vigilância, ação rápida das autoridades e maior conscientização, é possível reverter esse quadro e garantir que o Pará e o Brasil tenham eleições verdadeiramente livres e justas. Afinal, a democracia não pode ser refém da violência.