VIVA A ABOLIÇÃO!  FELIZ DIA DAS MÃES!

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Há exatos 130 anos, às três horas da tarde do dia 13 de maio de 1888, a Princesa Imperial Regente do Brasil, Dona Isabel de Bragança, tomou a pena de ouro em suas mãos e sancionou a Lei Áurea, libertando dos grilhões os últimos negros que ainda eram escravos no Brasil, e enfim encerrando uma grande vergonha do nosso direito pátrio, uma chaga em nossa História.

Na manhã daquele dia, a Assembleia Geral do Império realizou as últimas votações necessárias para aprovar a Lei Imperial n° 3.353, e a Princesa Imperial Regente, que se encontrava em Petrópolis, imediatamente desceu a serra, em direção ao Rio de Janeiro, acompanhada de seu marido, o Conde d’Eu, e dos três filhos pequenos. O Imperador Dom Pedro II, que se encontrava na Europa, em tratamento médico, extremamente debilitado, já tendo inclusive recebido os últimos Sacramentos, ao receber a notícia da Abolição, chorou e encontrou forças para dizer “Grande povo!”… Pouco depois, o Soberano se recuperou, milagrosamente.

A população da capital do Império – certamente traduzindo os sentimentos da maioria esmagadora dos brasileiros – festejou durante vários dias o fim da escravidão, no que foram considerados os maiores festejos do Brasil do século XIX, maiores até do que os das Coroações dos nossos Imperadores. Havíamos resolvido com flores o que outros povos só conseguiram resolver com sangue e fratricídio, e a Princesa Imperial era aclamada pelas ruas, saudada como a futura Imperatriz, que entrava para História como a Redentora, a exemplo de Nosso Senhor e Redentor Jesus Cristo.

Mesmo assim, a Princesa Imperial Regente tinha consciência de que seus atos punham o futuro da Monarquia em risco. Ao ser cumprimentada pelo Barão de Cotegipe, parlamentar escravagista, este lhe disse que havia libertado uma raça, mas perdido o Trono, ao que Sua Alteza respondeu: “Mil tronos eu tivesse, mil tronos eu daria para libertar os escravos do Brasil!” E após o golpe republicano de 15 de novembro de 1889, ao partir para o exílio forçado, a Redentora, passando pela mesa onde havia assinado a Lei Áurea, exclamou: “Se tudo o que está acontecendo provém do decreto que assinei, não me arrependo um só momento. Ainda hoje o assinaria!”

No ato de sancionar a Lei Áurea, via-se todo o aspecto maternal da Princesa Dona Isabel pelo povo brasileiro. De fato, se o Imperador tem o papel de Pai da Nação, a Imperatriz, quanto mais quando reinante, é a Mãe. A Redentora, neste sentido, dava continuidade à tradição longamente estabelecida em nossa Monarquia: a Imperatriz Dona Leopoldina, grande artífice da Independência do Brasil, é a nossa Mãe Fundadora, junto ao Imperador Dom Pedro I, nosso Pai Fundador; a Imperatriz Dona Amélia, apesar do pouco tempo que passou entre nós, assumiu com total devoção o papel de mãe dos seus enteados, os “Órfãos da Nação”, e, ao retornar para a Europa, em 1831, deixou uma carta destinada às mães brasileiras, pedindo-lhes que cuidassem do pequeno Imperador Dom Pedro II, seu filho do coração; e a Imperatriz Dona Teresa Cristina, cuja dedicação às obras de caridade lhe renderam, no consenso unânime dos corações brasileiros, o título de Mãe dos Brasileiros e a posição de mulher mais respeitada do Império, que partiu para o exílio chorando, perguntando-se sobre quem cuidaria “dos seus pobres”.

Após a instauração do regime republicano, a Princesa Dona Maria Pia de Bourbon-Sicílias, viúva prematuramente, dedicou-se a dar uma educação totalmente brasileira aos seus três filhos, voltada aos interesses da Pátria da qual estavam exilados; a Princesa Dona Maria da Baviera – falecida em um dia 13 de maio, há sete anos – que, nas palavras de suas irmãs, “viveu como brasileira”, rapidamente dominando a língua portuguesa e adotando as tradições e costumes do nosso povo, e criando seus doze filhos para servirem à Nação, em qualquer campo e a qualquer momento em que os brasileiros os chamassem para tal; e a Princesa Dona Christine de Ligne, atual continuadora e guardiã do legado dessas grandes damas, que, assim como suas insignes antecessoras, é mãe extremosa e dedicada de quatro Príncipes e Princesas brasileiros e tomou para si o dever de “amar e servir à Nação Brasileira”.

A Pró Monarquia – Casa Imperial do Brasil deseja um feliz Dia das Mães a todas as mães brasileiras, em especial às monarquistas e amigas da Família Imperial, rogando a Deus Nosso Senhor todas as bênçãos do Céu sobre as suas famílias.

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