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Na Primeira República (1889-1930) dividida pelos historiadores em duas partes. Primeira, República da Espada (1889-1894) caracterizada pelo autoritarismo de Marechal Deodoro quanto de Floriano Peixoto, ambos militares e alagoanos. Segunda, República Oligárquica (1895-1930) cujos presidentes eram de Minas Gerais ou São Paulo o que foi conhecido também como República do Café com Leite, isso em virtude de Minas ser a grande produtora de café e São Paulo o de leite.
Nesse período somente homens maiores de 21 anos e alfabetizados, que não fossem militares ou clérigos podiam escolher seus representantes. Mas, no pleito eleitoral todos sabiam em quem José ou Maria votavam, isso porque o voto era aberto, impresso, com as eleições marcadas pelas fraudes.
Fazendeiros, diga-se coronéis, forçavam homens a aprender a escrever o próprio nome para provar que não eram analfabetos e em seguida votarem no indicado do coronel, na força, na marra e com “boas intenções”. E quem era besta de não obedecer? A esta pratica deu-se o nome de “Voto de Cabresto”.
Getúlio Vargas (1882-1954) deu um golpe de estado com o apoio de uma junta militar, o que ficou conhecido como “A Revolução de 1930”, impedindo que o paulista Júlio Prestes vencedor das eleições de 30 com 1.091.709 votos, contra 742.794 votos de Vargas tomasse posse. Instauração de mais uma ditadura no Brasil, fechamento do Congresso Nacional. Fim da Primeira república.
Vargas por meio do Decreto Nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932, o voto passou a ser secreto, e as mulheres tiveram o direito de votar.
O Voto de Cabresto ainda existe, porém com formas modernas como ameaças de demissões, promessas econômicas e compra de votos. Entretanto, pelo fato do voto ser secreto o eleitor na solidão da urna pode votar em quem quiser.