Em reunião realizada nesta segunda-feira (19) em Beijing, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, declarou apoio à soberania da Dinamarca sobre a Groenlândia, território semiautônomo no Ártico. O gesto, no entanto, veio acompanhado de uma exigência: que a Dinamarca retribua reconhecendo as posições chinesas sobre questões territoriais sensíveis como Taiwan, Tibete e Hong Kong.
O chanceler chinês afirmou esperar que Copenhague continue a apoiar “a posição legítima da China” em temas relacionados à integridade territorial do país. A fala ocorre após a visita da ex-presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, à Dinamarca, onde se reuniu com parlamentares e participou de evento sobre democracia — o que irritou Beijing, que vê Taiwan como parte indivisível de seu território.
Apesar das tensões históricas — como o encontro do Dalai Lama com autoridades dinamarquesas em 2009 —, Wang reforçou o interesse chinês em estreitar laços com a Dinamarca em áreas como inovação e economia verde, além de fortalecer o diálogo com a União Europeia.
Donald Trump, presidente americano, não descarta o uso da força militar para tomar Groenlândia.
Fontes: Reuters, Ministério das Relações Exteriores da China.