Datena, Pablo Marçal, As Provocações e a Cadeirada: Seria a hora da Justiça Eleitoral exercer sua função normativa?

0
Datena, Pablo Marçal, As Provocações e a Cadeirada: Seria a hora da Justiça Eleitoral exercer sua função normativa?
No debate promovido pela TV Cultura Datena deu uma cadeirada em Marçal ao vivo, uma das cenas mais lastimáveis da política brasileira. Arte: TN BRASIL TV

Nas últimas semanas, o cenário político foi marcado por uma série de acontecimentos que reacenderam o debate sobre os limites da comunicação nas campanhas eleitorais e o papel da Justiça Eleitoral na manutenção da ordem e da integridade do processo democrático.

Ontem, 15/09 no debate promovido pela TV Cultura Datena deu uma cadeirada em Marçal ao vivo, uma das cenas mais lastimáveis da política brasileira.

O caso Datena x Pablo Marçal, que resultou em um episódio de agressão física, trouxe à tona a reflexão: se continuarmos nesse ambiente político hostil onde provocações pessoais e até agressão física estão sendo normalizadas retornaremos à barbárie?

A função normativa da Justiça Eleitoral, que já vem sendo exercida em diversas frentes, como no combate às fake news, pode ser também uma ferramenta para promover campanhas mais pacíficas e seguras. Ao acompanhar de perto os desdobramentos desses eventos e atuar preventivamente, a Justiça contribui para um ambiente político mais equilibrado e respeitoso.

Será que ao invés de limitar cada dia mais a propaganda eleitoral, não seria mais importante que a Justiça Eleitoral usasse sua função normativa, juntamente com os demais atores do processo eleitoral, para buscar formas de prevenir que provocações e discursos inflamados escalem para situações de conflito e violência entre candidatos?!

Minha opinião é que atuação da Justiça Eleitoral não deve ser somente repressiva, mas um efetivo instrumento preventivo para garantir que as eleições ocorram em um clima de respeito e civilidade. O diálogo entre candidatos, eleitores e a Justiça é essencial para que episódios como o ocorrido entre Datena e Pablo Marçal sejam exceções, e não a regra, em nossa democracia.