Israel prepara um plano para permitir a saída de palestinos de Gaza após Donald Trump sugerir a realocação para países como Egito e Jordânia. O ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que a proposta inclui rotas terrestres, aéreas e marítimas, sem dar detalhes. Netanyahu elogiou a ideia, mas evitou aprofundar o tema. Organizações de direitos humanos classificaram a medida como tentativa de limpeza étnica, comparando-a à nakba de 1948, quando milhares de palestinos foram expulsos de suas terras.
O conflito, iniciado em outubro de 2023 após um ataque do Hamas, já deixou mais de 47 mil mortos em Gaza. Apesar do frágil cessar-fogo em vigor, negociações ainda buscam a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos. A ONU estima que 90% das construções em Gaza foram destruídas, e a reconstrução deve levar décadas, dependendo de financiamento internacional, com o Catar sendo apontado como um possível colaborador.
No Brasil, o presidente Lula criticou a proposta de Trump e acusou Israel de crimes de guerra em Gaza. Enquanto isso, Israel intensificou suas operações militares na Cisjordânia e ataques contra alvos no Líbano e milícias apoiadas pelo Irã, ampliando ainda mais a instabilidade na região.