A última fuga, nesta terça-feira, 26, em Marabá, foi filmada com celular por outros detentos de dentro das celas. Coordenador do Núcleo de Política Penitenciária da OAB-PA aponta superlotação e facilitação da entrada de armas nas penitenciárias como dois grandes problemas.
Mais de 100 presos fugiram de casas penais do Pará em pouco mais de 48 horas. A última fuga, nesta terça-feira (26), em Marabá, sudeste do estado, foi filmada com celular por outros detentos de dentro das celas. A facilitação da entrada de celulares e armas nas penitenciárias e a superlotação são sérios problemas apontados pelo Núcleo de Política Penitenciária da OAB-PA.
A fuga começou por volta das 17h, quando agentes penitenciários trancavam os blocos carcerários dos pavilhões A e B. Presos armados aproveitaram o momento para render os funcionários, soltar outros detentos e fugir.
“Nesse momento, presos do pavilhão A e B iniciaram o deslocamento para a área do regime semiaberto, onde obtiveram êxito na fuga”, explica o diretor da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) coronel Mauro Matos.
Durante a confusão, dois presos foram mortos e um policial militar foi ferido.
“Ainda estamos no local com o apoio da aeronave da Secretaria de Segurança Pública e com aproximadamente 50 policiais no local e 15 viaturas. A gente acredita que muitos ainda se encontram naquela localidade de mata”, diz o coronal Franklin Roosevelt.
No último domingo (24), 46 presos escaparam do Centro de Recuperação Penitenciário Pará I (CRPP I) em Santa Isabel por um túnel cavado em uma das celas.
Em abril, outra fuga foi registrada no CRPP III. A Ação terminou com a morte de um agente penitenciário e de 21 detentos. O que chamou a atenção no caso, foi o forte armamento utilizado na ação. Algumas armas são usadas em guerras. Além disso, os detentos usaram dinamites pra explodir o muro de um dos pavilhões do centro de recuperação.
Fonte: G1