O ministro Alexandre de Moraes, do STF, retirou o sigilo do relatório final da Polícia Federal sobre o caso conhecido como “Abin paralela”, revelando detalhes de um esquema de espionagem ilegal supostamente conduzido durante o governo de Jair Bolsonaro. Com 1.125 páginas, o relatório aponta o ex-presidente como o principal responsável pela operação, tendo inclusive definido pessoalmente alguns alvos de monitoramento.
A investigação mostra que uma estrutura clandestina dentro da Abin foi usada para espionar ilegalmente opositores políticos, servidores públicos, parlamentares e até integrantes do Judiciário. Para isso, utilizavam o software espião israelense First Mile, que permitia rastrear celulares explorando falhas nas redes de telefonia. Além disso, métodos tradicionais de vigilância, como uso de viaturas e drones, também eram empregados.
Com a conclusão do inquérito e a divulgação do relatório, a Procuradoria-Geral da República deve agora avaliar se apresentará denúncia formal contra Bolsonaro e outros envolvidos, o que pode agravar significativamente a situação judicial do ex-presidente.
FONTE: JURINEWS