Os eleitores portugueses acordaram em choque após os resultados das eleições legislativas, que consolidaram a Aliança Democrática (AD) como vencedora, mas sem maioria absoluta, e catapultaram o partido populista Chega para o segundo lugar, empatando com o Partido Socialista (PS).
Resultados e Instabilidade
A AD (PSD/CDS-PP) conquistou 89 dos 230 assentos, enquanto o Chega atingiu 58 deputados, igualando o PS – o pior resultado dos socialistas desde 1987. A fragmentação do Parlamento indica um governo minoritário frágil, prolongando a instabilidade política que já dura três anos.
Medo da Deriva Populista
A ascensão do Chega, partido nacionalista que defende controle migratório e combate à corrupção, reflete uma tendência europeia, com paralelos na França (RN), Itália (Irmãos de Itália) e Alemanha (AfD). Eleitores expressam preocupação:
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“É um perigo para todos nós”, diz Matilde Marques, 24 anos.
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“Estamos a perder o mundo para nossos filhos”, lamenta Marta Costa, lisboeta.
Fim do Bipartidarismo?
Pela primeira vez em 50 anos, o sistema bipartidário (PS vs. PSD) foi abalado. O Chega, que em 2019 tinha apenas 1 deputado, capitalizou o descontentamento com os partidos tradicionais.
Reações Internacionais
A imprensa internacional destacou:
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El País: “Triunfo conservador e ascensão ultras”
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BBC: “Extrema-direita quebra recordes”
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Le Monde: “Colapso da esquerda”
Próximos Passos
O futuro governo da AD enfrentará desafios para formar maioria, enquanto o Chega pressiona por influência. O PS, em crise, terá novas lideranças após a demissão de Pedro Nuno Santos.
Portugal entra numa era política incerta, com a extrema-direita no centro do poder.