Segundo a promotora Maria de Nazaré Abbade, esse número de 450 mil pode ser ainda maior. O número de mães que dão entrada nas certidões de recém-nascidos sem registro do nome dos pais em Belém, chega a ser quase 100 por mês.
Aproximadamente 450 mil crianças e adolescentes na Grande Belém, não tem declaração paterna na certidão de nascimento é o que aponta a promotoria de Justiça da Família. A informação foi dada durante uma nova etapa do Projeto de Defesa da Filiação nas Escolas Públicas de Belém, que teve como objetivo assegurar às crianças e adolescentes, o direito à paternidade e a conhecer suas raízes.
Segundo a promotora Maria de Nazaré Abbade, esse número de 450 mil pode ser ainda maior. O número de mães que dão entrada nas certidões de recém-nascidos sem registro do nome dos pais em Belém, chega a ser quase 100 por mês. De acordo com a promotoria o problema acontece por falta de políticas públicas.
“Acho que se esqueceu de trabalhar a base da família, os valores que nós perdemos. A educação deve vim de casa e não se pode transferir somente para a escola. Estou ouvindo falar muito em armamento, mas não estou ouvindo falar em política pública. Acho que temos que fazer política pública sim”, afirma a promotora.
O Ministério Público do Estado trabalha em parcerias com escolas e os cartórios. Até o início de 2019 o objetivo é passar por 26 escolas. Nesse trabalho, as mães são convidadas a comparecer nas escolas para que sejam feitos os registros. Quem não comparecer é chamado novamente, mas também pode procurar pelo serviço que acontece de segunda a quinta, de 8h as 16h na rua Ângelo Custódio, no bairro da Cidade Velha em Belém.